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Pamplona – Puente la Reina (25 km)

Saímos cedo de Pamplona, com muito frio (4°), uma chuvinha fina e muito nevoeiro. Caminhamos por dentro de Pamplona até pegar a estrada. Passei pela Universidade de Navarra e fiquei imaginando quando a minha irmã estudava por ali.

O caminho, mais uma vez, foi duríssimo, com lama que não acabava mais. Na subida do Monte del Perdón, que é bastante puxada, eu não tinha mais forças para empurrar a bicicleta na lama e o Paulo a carregou por muito tempo morro acima. Eu nunca imaginei que a bicicleta pudesse ficar tão suja. O freio começou a falhar por causa da lama acumulada.

Em um ponto da subida, o Mello, um carioca que conhecemos por ali, entalou na lama e pediu ajuda. Eu fui até ele, que pegou em meu braço e o resultado foi que encalhamos os dois, tamanha era a quantidade de lama. Uma vez com o pé, literalmente na lama, não havia como tirá-lo sem um esforço considerável. O Zé teve que vir nos ajudar e claro que depois rimos da situação. Eu e o Mello, agarrados e encalhados, com lama até as canelas.

Dizem que o nome do monte é esse, porque depois de subi-lo, você está perdoado de todos os seus pecados. Foi exatamente assim que me senti: redimida de todo pecado até ali.

Na descida do monte, tive que segurar a bicicleta o tempo todo, pois não havia possibilidade de descer montada com aquele caminho cheio de pedras grandes e escorregadias. Os joelhos são testados e postos à prova o tempo todo.

Mais uma vez, uma etapa dificílima para bicicleta. Quem foi que disse que esse caminho dava para ser feito de bike?

Não que seja impossível, pois eu o fiz, mas entendo porque quem vai de bicicleta escolhe ir pelas estradas ou carreteras. Só que eu queria conhecer as pessoas, sentir o caminho com todos os peregrinos, por isso acabei arrastando a bicicleta a maior parte do tempo pela trilha.

Eu, o Zé e o Paulo demos uma desviada de uns 4 km do caminho principal e fomos conhecer Eunate. O Valério preferiu seguir adiante. Paramos em um bar, comemos um bocadillo e seguimos caminho. A igreja é muito bonita, com seu formato octogonal e uma iluminação natural muito interessante. É simples, mas muito bonita exatamente por ser singela e despretensiosa.

A caminho de Puente la Reina, paramos em um rio e os meninos me ajudaram a lavar a bicicleta que estava impraticável. Colocamos a bichinha na correnteza e fomos esfregando para tirar a lama que já havia endurecido, impedindo a frenagem.

Chegamos ao albergue em Puente (eu, Paulo e Zé) e depois do banho e de lavar as roupas, fomos conhecer a cidade que é muito bonitinha. Fomos jantar com os catalães que são uns fofos (eu, Zé, Paulo, Valério, Jordi e Marcel) e bebemos mais umas 3 garrafas de vinho.

Pensei em despachar a bicicleta mais uma vez, mas seria muito caro. Enfim, vou carregando minha pesada cruz pelo caminho. Já não encontramos mais o Fernando.

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