Viana – Logroño (9,5 km)
Levantamos mais tarde, por volta das 08h., já que a caminhada seria pequena e estávamos sozinhos na casa da senhora. Tomamos café da manhã os seis e saímos calmamente rumo à Logroño.



A caminhada foi tranquila pela primeira vez e eu cheguei bastante cedo a Logroño.





Fiquei esperando os cinco chegarem, sentada em frente ao albergue, com muito frio, uma chuvinha fina e conversando com um senhor espanhol muito falante, chamado Francisco.
Os meninos chegaram e Marcel e Jordi foram procurar um hostal, já que era o último dia deles e resolveram não ficar no albergue.

Ficamos um tempão na fila que ficava numa espécie de átrio no pátio do albergue, com todos os tipos, sotaques e caras, sentados à espera da admissão no albergue.

O Javier (espanhol), que eu havia conhecido em Pamplona e era muito simpático, foi se despedir de mim, pois era o último dia dele também. Demos um abraço gostoso e ficamos de nos falar.
Marcel e Jordi alojaram-se em um hostal e foram nos encontrar no albergue. Fomos a um bar e bebemos 2 garrafas de vinho, os meninos beberam cerveja (caña) e ainda provamos 5 tipos de orujo, uma espécie de licor de graduação alcoólica muito alta.



O dono colocava cada orujo em uma tacinha e dizia que queria que a “chica”, eu no caso, experimentasse. Assim fomos tomando um pouco de todos eles.
Marcel e Jordi pagaram tudo e não aceitaram o nosso dinheiro. Disseram que foi a nossa despedida.



Fomos encontrar os pais do Jordi e depois acompanhamos os dois até o hostal. Na hora de me despedir deles, caí no choro e abracei e beijei os dois aos prantos.


Depois da emoção da despedida, os quatro brasileiros foram jantar. Conversamos horrores sobre vida, relacionamento, solidão e era muito interessante ver as reações de cada um. Aquele que você acha que é mais durão se emociona, o que é mais emotivo, se contém. Vou me surpreendendo a cada dia com os amigos do caminho.