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Agés – Burgos (20,5 km)

Hoje foi um dia meio chato. É uma caminhada reta, sem graça e a entrada de Burgos é muito feia. Tem aquela cara de cidade grande, nada a ver com os pueblos graciosos e bucólicos que havíamos visto até então.

Parece a entrada de uma cidade industrial, por uma avenida imensa, que não acaba nunca e muito feia. Parei para comprar um par de tênis novos, pois os meus não entravam mais nos pés.

Acho que meus pés incharam e como eles estavam muito justos, não entraram mais. Eu tinha pedalado com a papete do Paulo hoje.

Era muito engraçado, eu andando com meia e papete, bermuda, camiseta e um saco de lixo amarrado na bicicleta com a mochila, em plena cidade grande. Fiquei me imaginando caminhando assim pelo centro do Rio ou de São Paulo.

Ia ficar parecendo uma riponga ou maluca. Ainda bem que por aqui, eles já estão acostumados com o shape dos peregrinos. Somos seres comuns por essas paragens.

A feiura da entrada da cidade foi compensada depois. Fiquei esperando os meninos numa espécie de praça/parque, muito lindo, com cafés à beira rio e fiquei sentada num banco, vendo as pessoas caminhando, sentadas nos cafés, com um solzinho gostoso e curtindo o movimento bastante diferente dos outros dias, já que é uma cidade grande, com toda a movimentação típica desse tipo de cidade.

Nos pueblos pelos quais havíamos passado até agora, a vida passa em um ritmo e velocidade bastante diferentes. As pessoas são mais tranquilas, não existe muito comércio e tudo é mais lento. São típicas cidades pequenas do interior.

Esperei por volta de 2 horas e como eles não chegavam, comecei a ficar preocupada e resolvi procurar o albergue.

Fui ao albergue no centro da cidade, mas eles não estavam lá. Segui em direção ao outro, que ficava bem distante do centro e fui margeando o rio até quase a saída da cidade. Lá chegando, na entrada do albergue, a Matilda, uma francesinha simpática, me falou que os meus amigos tinham dito que estariam me esperando no centro da cidade.

É engraçada essa comunicação no caminho. Todo mundo se acha, todo mundo acaba se encontrando e os recados são passados a pessoas que não nos conhecem, mas tudo sempre acaba dando certo.

Quando eu entrei no albergue, o hospitaleiro disse que os meus amigos disseram que ia chegar uma ciclista brasileira feia e que era para avisar que eles já estavam hospedados. Agradeci, disse que eu era a própria e fui pegar a minha cama.

Deixei as minhas coisas, fui tomar banho e quando estava saindo para procurá-los, o Valério chegou e me avisou que o Zé e o Paulo estavam me esperando na Catedral. Convenci o Valério a ir comigo e partimos rumo à Catedral.

Fizemos um tour por ela, que é belíssima e imensa.

Como sempre, rodamos bastante pela cidade e ficamos um bom tempo sentados num bar à beira do rio, tomando vinho, conversando e beliscando. Muito bom “gastar” o tempo assim: rodeada de amigos, com um bom vinho, comida, boa conversa e um visual lindo.

Quando estávamos indo procurar um restaurante, acabamos encontrando o casal de espanhóis com o qual havíamos dividido uma paella em Agés e almoçamos todos juntos.

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