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El Cebreiro – Triacastela (21 km)

Hoje foi um dia com dificuldade média. Fiz quase todo o caminho empurrando a bike, pois preferi conversar com as pessoas. Vim um bom tempo conversando com o Pepe, um espanhol de Palma de Mallorca que me deu 25 anos. Bombando pelo Caminho.

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Depois vim conversando um pouco com o Zé e por fim resolvi andar um pouco de bike, sozinha.

Quando estava passando por um pueblo chamado Ramil, um senhor me chamou e eu resolvi parar. Me mostrou um castanheiro, que segundo ele, tem 1.300 anos e 11 metros de diâmetro.

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Tirei algumas fotos e ele me contou um pouco da sua vida, me mostrou os cajados que ele faz e nisso chegaram o Zé e o Paulo.

O Zé resolveu comprar um dos cajados e o senhor Anselmo nos ofereceu um vinho que ele produz. Aceitamos e ele nos levou a uma casa de pedra cheia de pequenos tonéis de vinho, teias de aranha e empoeiradíssima e encheu uma garrafa com um vinho de um pequeno barril.

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Ele nos fez beber a garrafa toda, em pé na frente da casa, conversou para caramba, disse que se tivesse uns 25 anos a menos (ele tem 80), me roubaria. Não nos deixou ir embora antes de tomarmos toda a garrafa.

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Na hora de irmos, ele me deu a mão e eu o abracei ao invés de dar a mão. Ele me abraçou, me beijou e os olhos dele se encheram de lágrimas. Eu também comecei a chorar e o abracei novamente. Disse para os meninos cuidarem de mim. Fomos todos embora comovidos.

Sei que já falei isso mais de uma vez, mas é que sempre me emociono com a simplicidade das pessoas, dos acontecimentos e dos sentimentos do Caminho. Um senhor que nunca nos viu, abre a casa, nos oferece uma garrafa de vinho, conta a sua vida e se despede de uma maneira tão carinhosa, que não tem como não nos emocionarmos com isso.

Chegamos ao albergue, que tinha máquina de lavar roupa e aproveitamos para dar um trato nas roupas que só tinham sido lavadas até então, na mão, muitas vezes sem escova.

Conhecemos a Carol, uma pernambucana super gente boa, que se juntou ao grupo, rodou a pequena cidade e almoçou um bocadillo conosco.

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