Acampamento Base / Cume
Acordamos às 05h50 e começamos a desmontar acampamento. Tomamos um café reforçado com arepa, uma espécie de bolinho feito de farinha de milho, queijo e atum. Saímos para começar nossa trilha às 07h30.
É subida o tempo todo por pedras e árvores em meio à mata. O bom é que como caminhamos o tempo todo pela mata, não tem sol e, portanto nos desgastamos menos.
A gente vai subindo e vendo o paredão diminuir frente aos nossos olhos e é incrível imaginar que vamos conseguir chegar lá em cima.



Quando estamos lá embaixo, ele parece tão inatingível, tão inalcançável, que é emocionante vê-lo tão perto.


Paramos em dois mirantes para tirar fotos, comer uma fruta e descansar. A imagem de lá de cima é impactante. Fiquei alguns minutos admirando a vista e pensando que sentiria falta dessas imagens quando estivesse de volta à civilização.


Essas imagens me alimentam a alma e o espírito e me fazem ter cada vez mais certeza que a natureza me completa e que eu preciso estar sempre perto dela, vivenciando esses locais distantes e pouco acessíveis.

Seguimos nosso caminho acidentado em meio às pedras, passamos pelo passo das Lágrimas, uma cachoeira que estava praticamente seca, com poucas gotinhas nos alcançando e atingimos o cume do Monte Roraima às 11h20.


As imagens são fantásticas. Tudo é lindo, grandioso e parece que estamos no solo de outro planeta.
As pedras esculpidas pelas águas e pelo vento formam imagens inusitadas. O relevo é super acidentado, mas lindo.





Tiramos muitas fotos e fomos para o “hotel Índio”, que nos serviria de parada por 3 dias.
Os carregadores montaram nossas barracas numa grutinha e saímos para explorar a montanha. Fomos conhecer as jacuzzi, espécie de lago com buracos formando desenhos e ondulações e arriscamos um banho de gato, porque tomar banho com água de montanha é para os fortes. É um cenário maravilhoso com o chão todo de cristais, águas cristalinas, cercadas pelas pedras esculpidas pela natureza. Voltamos para o acampamento e o Everaldo e os carregadores foram fazer nosso almoço. Almoçamos muito bem uma macarronada deliciosa com molho de linguiça calabresa, suco de laranja e marrom glacê de sobremesa.





Descansamos um pouco e saímos para conhecer outros pontos. Fomos até um mirante, depois fomos conhecer os outros “hotéis”, como o Principal e o Areal.
Voltamos para o acampamento, tomamos um chazinho quente, pois já estava começando a esfriar, conversamos um pouco, depois jantamos uma sopinha maravilhosa e agora vamos dormir.
Foi um dia muito intenso, puxado, mas fiquei muito feliz por ter conseguido cumprir essa etapa da qual eu tinha receio de não conseguir.
Sinto-me muito feliz e realizada. São 20h e estou indo dormir.