Cume - 2
Mais uma vez acordamos às 5h50 e começamos a nos arrumar. Everaldo veio nos chamar para o café da manhã composto por atum, queijo e um bolinho feito de milho branco chamado “boyo” e marrom glacê para arrematar. Não gostei do bolinho e acabei não comendo. Dei um pedaço para os passarinhos que fazem todas as refeições ao nosso redor em cima das pedras e comem tudo o que comemos. É impressionante como eles não têm medo.


Saímos para caminhar às 07h30 e fomos para Las Ventanas. Passamos pelas “jacuzzi” e seguimos para a primeira parada, que infelizmente estava toda tomada pela névoa e não se via nada. Seguimos então para a 2ª ventana e aí foi um presente que recebemos. Um paredão imenso, todo verde, com a floresta lá embaixo. Não existem palavras para descrever tamanha beleza. É tão grandioso, tão majestoso, tão absolutamente fantástico, que nem as fotos são capazes de traduzir tamanha beleza.





Everaldo disse que nunca pegou aquela ventana tão aberta, tão clara. Lá tem muita névoa e muitas nuvens, mas estava tudo limpo, claro. Ficamos um tempo admirando, tirando fotos, conversando e depois seguimos para o nosso 2º ponto do dia que seria a pedra Maverick. É uma formação rochosa que de longe tem o formato de um carro e por isso recebeu esse apelido.



Lá é o ponto mais alto do Monte Roraima e ficamos um bom tempo por lá fotografando, conversando e esperando um dos lados abrirem, pois estava completamente fechado pela névoa e nuvens.

Como choveu boa parte da noite, hoje não tinha sol e o tempo estava bastante instável. Pela manhã estava friozinho e o sol apareceu por poucos minutos.
Descemos do Maverick e retornamos para o nosso acampamento/hotel para almoçarmos.
Chegamos, tomamos um chá quentinho e despencou a maior chuva. Aguardamos o almoço dentro das barracas e o menu foi arroz, feijão preto e para mim frango desfiado com legumes. Acabamos de almoçar e fomos tirar uma soneca nas barracas já que não havia parado de chover.

Dormi por uns 45 minutos e fiquei matando o tempo ouvindo música, arrumando algumas coisas na barraca e acabei levantando.

O Everaldo me viu e perguntou se não queríamos ir para a Gruta, já que havia parado de chover. Falamos com o Álvaro e a Tania, que concordaram e saímos para a caminhada às 14h40. Fomos conhecer o “Hotel Guácharo”, que é o nome de um pássaro. É um lugar bastante interessante com uma espécie de gruta bastante funda onde as barracas são colocadas, mas o ponto de água é distante. O nosso ficava próximo a um ponto de água e isso facilita bastante a questão de alimentação e água para beber.

De lá seguimos para a Gruta, que é bastante escondida, totalmente escura e em alguns pontos quase temos que passar sentados de tão baixo que é o teto. Descemos com as lanternas e é bastante interessante com galerias abertas, poças pelo caminho e uma cachoeira no final de uma das galerias.


Fizemos nossa incursão e retornamos para o nosso hotel às 16h50. Os meninos fizeram o nosso jantar que era uma macarronada com molho de linguiça calabresa.
Começou a chover muito forte e assim como ontem, o Everaldo trouxe o jantar e acabamos comendo nas barracas. É que para irmos para a “cozinha / refeitório” temos que passar por uma parte aberta e descer um pedaço um pouco complicado na rocha, onde nos molharíamos ou poderíamos escorregar.
Agora são 19h10, chove muito lá fora, faz frio e não nos resta alternativa a não ser dormir. Dormir com o barulho da chuva lavando a montanha.