Kathmandu - 2
Hoje era o dia em que as pessoas começariam a ir embora. Descemos para o café da manhã, nos despedimos da Kiki, que seria a primeira a ir embora e voltaria para a Índia, onde estava fazendo um trabalho voluntário.
Eu, o Roberto, o Márcio e a Aretha, resolvemos ir conhecer o Templo dos Macacos, já que o nosso voo só sairia às 23h. Tínhamos o dia todo livre.
Pegamos um táxi na frente do hotel, que na verdade era quase um Fiat 147, minúsculo e muito velho. Eu e os meninos fomos imprensados no banco de trás. A ida até o templo foi uma diversão à parte.
Já comentei que o trânsito de Katmandu é completamente maluco, sem sinais de trânsito, com todo mundo tentando cruzar as avenidas de qualquer maneira, buzinando enlouquecidamente e ruas minúsculas, apertadíssimas, com mão dupla, onde tínhamos certeza que não passariam dois carros, de jeito nenhum.
Resumindo, o motorista era doido, corria muito, cruzava com carros nessas ruas apertadas e nós íamos gritando no banco de trás, a Aretha grudada no banco da frente e todos com crise de riso histérico. O motorista olhava a gente, não entendia nada do que dizíamos e só ria das nossas caras.
O caminho demorou muito, tamanho o stress que passamos. É impressionante como eles não colidem. Cheguei dura de tensão e todos rindo muito.



Entramos no Templo dos Macacos e rodamos bastante, subimos montes de escada, tiramos fotos, os meninos colocaram aquela marca na testa, com uma velhinha super esperta que ficava chamando os turistas e depois pedia dinheiro.





Ficamos um bom tempo por ali e depois pegamos outro táxi, mas esse foi bem menos emocionante, pois o motorista era mais tranquilo e retornamos ao hotel.
Chegando lá, encontramos parte do grupo e tentamos combinar de almoçar todos juntos, mas cada um tinha um plano diferente e acabamos indo rodar pelo Thamel pela última vez nessa viagem (Tainah, Aretha, Robertos, Márcio e eu) e depois almoçamos num restaurante vegetariano maravilhoso (OR2K), saborosíssimo e com um ambiente super agradável, indicado pelo Tobias e pela Ana. Mais uma boa dica do guia Lonely Planet.
Nosso almoço foi demorado, sem pressa, esperamos a chuva passar e retornamos ao hotel para arrumar as malas, tomar banho e ficarmos prontos para a van que nos levaria ao aeroporto às 20h.


Cheguei, arrumei tudo, tomei banho, escrevi um pouco e desci para ficar lendo na recepção e aguardar o restante do grupo que iria no mesmo voo. Não queria ficar sozinha no quarto. Queria aproveitar ao máximo a companhia dessas pessoas tão especiais.
No mesmo voo estavam os Robertos, a Bia, a Inês, a Karin e eu e deixamos o hotel depois de nos despedir do Márcio, da Aretha e da Tainah que ainda ficariam mais uns dias em Kathmandu.
Na verdade, a Tainah iria para Pokhara e depois retornaria para Kathmandu para acompanhar o outro grupo da Grade 6 no trekking até o Acampamento Base.
Infelizmente essa viagem maravilhosa estava chegando ao fim e teríamos que fazer o longo caminho de volta à realidade em pouco tempo. Até logo Nepal.
