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Campo 2 (3 de Guanácos – 5.490 m.) / Cólera (6.000 m.)

Não medimos os índices corporais, pois como estamos em uma altitude grande, eles podem alterar e algumas pessoas podem se impressionar e se sugestionar negativamente, por vê-los abaixo ou acima do usual.

Nos arrumamos, comemos tapioca feita pelo Du, nos aquecemos com chá e café e seguimos rumo à Cólera. O dia estava ensolarado, embora frio e seguimos subindo rumo ao nosso último acampamento antes do ataque ao cume. Como sempre fazemos, parávamos a cada 1h. para nos hidratar e comer algo. Saímos tarde, por volta das 10h, depois dos porteadores desmontarem todo o acampamento e em 4h. de caminhada já tínhamos vencido os 510 m. de desnível e estávamos em nosso destino.

O caminho é lindo, com as montanhas nevadas ao nosso redor e o areal e pedras à nossa frente, num caminho aberto e amplo. Todos caminharam muito bem e estavam fortes e determinados.

Nesse acampamento já não temos mais água do rio e os guias precisam derreter água das geleiras. Vão com as pás, pegam a neve e derretem, mas é preciso muita neve para fazer pouca água. É um processo que dá trabalho e leva tempo.

Como estava muito frio, cada um foi ficando em sua barraca, arrumando as coisas, descansando, se hidratando, conversando e se preparando mentalmente para o grande momento do ataque ao cume, que será feito de madrugada.

Pela primeira vez nessa viagem tive dor de cabeça por causa da altitude e não me senti muito bem durante um tempo. Fiquei conversando com a Thaís, deitada em meu saco de dormir, até perceber que ficar sentada me fazia sentir melhor. Tomei um remédio e esperei passar.

Crédito - Foto Grade 6

Os guias vieram trazer água quente e comida liofilizada para jantarmos, mas confesso que não tinha a menor vontade de comer nada. Acho que a ansiedade do momento, além da altitude, travam meu estômago e começo a ficar inapetente. Não era a primeira vez que acontecia isso em uma expedição. Tentamos dormir um pouco ou pelo menos descansar.

Eu e Thaís conversamos muito e por volta das 20h, tentamos nos aquietar e descansar. Estava muito frio lá fora e nossa barraca estava muito mal posicionada, com um desnível que não nos deixava parar de escorregar. A Thaís caía de encontro à parede da barraca e eu caía em cima dela, pois não conseguíamos vencer a inclinação do terreno irregular.

Na medida do possível, tentávamos descansar, embora ficássemos acordando todo o tempo.

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