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Expectativa

É interessante como mesmo uma mulher mais experiente, mais velha, sim, com mais idade cronológica e mais estrada, aliás, uma mulher viajada, que conhece realidades diferentes, que viveu muitas situações entre fáceis, difíceis e quase impossíveis, inteligente – porque me desculpem, mas se eu não achar que tenho alguma inteligência dentro dessa cabeça, quem é que vai achar – pode se prender tanto às expectativas?

Aqui falo de todas, que aliás são muitas que me povoam, em suas mais diversas formas e apresentações. Expectativas profissionais, de que aquela pessoa que pareceu gostar tanto do seu portfólio e da sua experiência ligue dizendo que a hora de fazermos um trabalho juntos chegou. Expectativa de que com a idade sua inteligência emocional e sua “paz interior” sejam mais facilmente alcançadas e menos abaladas. Expectativa de que aquele cara que parecia tão bacana, que soube ler seus olhos, que riu com você, que te achou “uma mulher maravilhosa” ligue no dia seguinte ao encontro, ou pelo menos mande uma mensagem, já que nos dias de hoje é assim que as comunicações acontecem.

Por que nos tornamos reféns de tanta ansiedade, tanta expectativa? Seria tão mais simples se entendêssemos que cada um é dono de suas vontades, que a sua parte foi feita e que nem sempre foi culpa sua se algo não vingou...

Poxa, se eu tivesse a chance de mostrar que profissional eu posso ser, o quanto teria a acrescentar, tenho certeza que você se arrependeria de não ter me dado uma chance antes.

E se você, que brindou comigo e desnudou parte da minha alma me desse a chance de mostrar quem eu verdadeiramente posso ser a dois, não tenho dúvidas de que “compraria o pacote completo”.

Mas não, o e-mail não chega, a caixa de mensagem continua vazia do seu oi, o celular não toca, o trabalho não vem e tudo isso só me faz questionar ainda mais o que deve ser mudado, em que ponto deixei escapar alguma possibilidade de sucesso e se aquela energia só fez eco dentro de mim. Ou será que está tudo certo mesmo e nada tem que ser mudado?

Mas se é assim, então é assim que eu tenho que aprender e se tem uma palavra que me define, é resiliência e, espera aí, ah, tem outra também, esperança. Aquela que insiste em aparecer numa quinta-feira chuvosa quando você olha pela janela procurando uma resposta e de repente aquele barulhinho que faz o coração pular no peito toca e pinta na tela do telefone um “oi, tudo bem? ”, simples assim, mas carregado de uma enorme EXPECTATIVA.

Ai, ai, em que ponto a minha maturidade pediu férias e saiu de mãos dadas com o senso de autoproteção?

Um brinde ao hoje e suas inúmeras possibilidades e àquela vozinha que grita: Se joga...

Zanzibar - Tanzânia

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