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Inverno da alma

Onde você está, em que planeta se escondeu, do que tem fugido?

Quando te olho, ainda vejo aquele menino que acreditava em nós, que me sorria com olhos satisfeitos e um tanto curiosos. Aquela pessoa doce, aquele homem especial que me fazia acreditar em tudo novamente.

Você me arrebatou, me envolveu com sua intensidade, mesmo que na época eu não conhecesse os dois lados dela. Você encanta, você queima, você entontece, você enlouquece...

A saudade dói, as lembranças teimam em aparecer e eu me perco em um emaranhado de emoções, de desejos, de dúvidas e incertezas. Mais uma vez me recolho e sinto o coração murchar diante da dor. Ele é forte, mas está cansado, ele estica e encolhe, se abre e se fecha.

Me vejo catatônica, impotente e um tanto infeliz. Aquela alegria agora está tingida de cinza, o sol só faz queimar minha retina e as lágrimas escorrem por um rosto inexpressivo e incrédulo.

Tudo é vazio, tudo pede tempo, tudo segue de maneira letárgica. Tem horas que tudo é um grande deserto, árido e carente de vida. Exagero?

Desde o começo transbordamos, fomos muito, fomos demasiados e nosso ponto fraco veio à tona com a mesma velocidade em que nos deixamos inspirar pelo nosso amor.

Nós tivemos um ao outro, nos envolvemos, nos entregamos, queimamos etapas, vivemos em alta rotação e explodimos em mil pedaços de finitude.

Que os cacos formem a pessoa imperfeita que aprendi a amar e que o inverno que faz morada aqui, dê espaço para as mais belas flores que virão.

Foto tirada da internet

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