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3º dia

Levantamos às 5h e começamos o ritual de café, montar mochila, desmontar barraca, arrumar tudo e partimos às 6h40. Já começamos a subir pelas rochas, numa inclinação não muito íngreme, porém constante para o topo da Pedra da Mina.

Em pouco tempo chegamos ao cume da 4ª montanha mais alta do Brasil e o visual de lá é simplesmente maravilhoso. São 360º de beleza estonteante, vales lindos, os outros cumes maravilhosos e passamos um bom tempo nos divertindo, tirando fotos, comendo e nos deliciando com as imagens.

Assinamos o livro e começamos a forte descida rumo ao Vale do Ruah. Nessa altura, as unhas dos dedões já davam sinal de fadiga, de tanto que eram batidas na ponta das botas.

Chegando ao vale, começamos a quase sumir no meio daquele matagal imenso dos capins de anta que quase nos cobriam completamente e batiam no rosto, entravam no olho e não conseguíamos sequer enxergar o chão. Íamos abrindo caminho com os bastões de caminhada. Além dessa peculiaridade do caminho, metemos as botas no lodaçal de lama preta que estava por toda parte e entranhava nelas e na calça. A cada afundada, ríamos e falávamos uma frase num português castiço que convém evitar aqui, se é que me entendem.

Chegamos à cachoeira que é o último ponto de água da trilha e toda a alegria de estarmos leves por conta do término dos nossos reservatórios se foi e voltamos a ficar pesados com todos aqueles 6 litros de água que pegamos. Havia muita gente tomando banho nesse rio e o dia estava lindo, com sol, mas a água estava geladíssima.

Saímos de lá e começamos a subir mais pedra com as botas sujas da lama preta, o que facilita e muito escorregar nas pedras, já que a aderência se perde. Os famosos bambus cortam as mãos, entram nos olhos, prendem nas mochilas, mas não há o que fazer. Subimos até o cume do Cupim de Boi, onde temos um visual lindíssimo, mas a essa altura o sol estava nos matando. O dia foi muito ensolarado e quentíssimo. Nessa altura, na crista do morro, já estava cansada de tanto sobe e desce embaixo daquele sol.

Paramos muito rápido só para hidratar e comer algo rapidinho, pois resolvemos acampar numa clareira no sopé do Pico dos Três Estados. Fizemos uma descida puxada até o local do acampamento e chegamos lá às 15h15, depois de 8h40 de caminhada.

Montamos acampamento e novamente os nossos amigos dos dois acampamentos anteriores chegaram e ficaram radiantes por nos encontrarem. Eles faziam o mesmo percurso que nós todos os dias, porque confiavam nas dicas do nosso guia. Novamente nosso acampamento foi crescendo e como seria a última noite, fizemos um jantar coletivo, onde cada um deu alguma coisa para se livrar do peso da comida e ficamos por horas conversando, comendo e rindo.

Fomos dormir cedo.

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